Ó Terra doce e boa / Ó minha amante gorda! / Desculpa-me, perdoa / Se te esqueci, embora... / Ó doce esposa de Indra / Sobre os dois pés sentada!
Camilo Pessanha (1867-1926)
somos os novos mercadores de palavras / possuimos asa imensas e um hálito exterminador / as bocas / essas aberturas que podem repentinamente expelir um fumo que nos esconde...
Al Berto (1948-1997)
à sombra do tempo / do mundo esquecidas / sob pedras dormem / fenícias e gregas / de reis rainhas / não de mármore mas vivas
António da Costa (1914-1990)
a escrita é a minha primeira morada do silêncio / a segunda irrompe do corpo movendo-se por trás das palavras...
Al Berto (1948-1997)
Não há outra estrela como a minha amada / flor das flores da minha aldeia / sob os seus passos não se move a erva / nem a rocha treme quando a ave pousa
galês - tradição oral séc. XVII
Muito lutou com o Amor / em grande fogo inflamado / como servo se lhe há dado / para sempre em seu favor / Lastimando a sua dor / adormeceu / Devo acordá-lo eu?
Lírica Espanhola de Tipo Tradicional
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