jazzportugal.ua.pt
HOME CONTACTOS BUSCA SUBSCRIÇÃO
 
agenda
media
escritos e entrevistas
músicos
jazzlinks
  escritos  ::  entrevistas  ::  trabalhos alunos UA  ::  e mail e fax  ::  riff  ::  Jazz de A a ZZ

escritos e entrevistas > riff > ver riff
o Melhor do Melhor
10-11-2017
 

o Melhor do Melhor


sendo o assunto o Grande Músico Norte-Americano atão só se pode tratar dum masculino singular nascido num dos estados unidos dessa América do norte

mas não esses americanos que ainda restam são índios os que ganhavam sempre aos cow-boys queríamos nós os da minha geração nascidos e crescidos em ditadura com memória tolerante para os índios colonizados

ele nem sequer é puro americano não é whisky é bourbon foi americano de família europeia latina e italiana

depois é ‘só’ escolher entre as dezenas de compositores e letristas que ao fugirem ao nazismo se instalaram na América do Pacífico a da Califórnia os da grande família italo-americana: não aos big fellows como Dean Martin nem Tony Bennett nem outros mas sim o maior – não gosto - o Melhor cantor porque a melhor voz e a genial combinação entra as duas também eu lhe digo que Francis Albert Sinatra nasceu perfaz neste 2015 calculem lá sem com c anos de idade cronológica em 12 dezembro 1915 morreu com 82 nasceu em Hoboken, New Jersey

um dos poucos homens que morreu sem saber as mulheres que de si gostaram…

foi Pai de 3 mas noutra e a que pior o tratou foi de quem ele mais gostou não conheço amou avou…

respeite-se a memória de outra lendária voz a de Bing Crosby a qual Sinatra muito preferia a única não italiana que ele se não fartava de repetir audições

vi-o levantar-se e aplaudir comovido vozes bem cantantes doutras músicas músicas do belo canto cantores com nome italiano Pavarotti

a frase apesar de eternamente válida é impressionante: «quando Sinatra a cantava a canção ficava cantada for ever» Sinatra era um verdadeiro artista no som e do balanço e uso de silêncio que são os melhores momentos musicais às vezes …

com Sinatra em TODOS aquele americano com sotaque inglês à Elis como Elis no Brasil a dicção perfeita experimente dizer alto a palavra telefone não ouve a sílaba última aconselho que não cante oiça só não só zinho

Sinatra calava palavras repeti-as o seu gosto era alto superior genial bom super bom professor de inglês de muito povo

aprende-se a cantar fixando seus solos de palavras de sons que perdiam significado ao serem cantados ficavam nothing at all a dira mensagem não massagem está já fora de apreço uma canção uma das boas vive à custa do valor que lhe dão quem? o intérprete

relembrem-se de «You’re nobody till somebody loves  you» de Russ Morgan, Larry Stock e James Cavanaugh de 1944 com Sinatra ocupando a faixa big orquestra lá ao fundo do apreço mas se bem bem bem presente pela qualidade ouvida

Sinatra take a take virgula faz a seguir 1 2 3 4 takes retocando recantando recompondo a melodia melodia frase a frase melhorando espantosamente  a versão… tudo isto para bem de seu autor que o compreende

é o Prof a leccionar que ganhava fortunas ao cantar e dar prazer a quem o ouvia o sabia ouvir fácil pois ser génio à Sinatra

na gravação de «I won’t dance» (a menina dança? que foi calada) seus companheiros de estúdio tiverem a ousadia de criticar uma de suas passagens de som neste tema Sinatra  concordou mas disse fica assim estava espantado com a big band de Basie e trabalhar em uníssiono mas assim fica e ficou e só um surdo cumo eu nota tal ‘desafinação’ de Mestre Francis

fui ouve-lo 2 vezes ao vivo em ambas a primeira em Manhattan com ela Ella Fitzgerald a de Count o Basie só ganhei essa noite em NY dormi uma noite na ilha mal claro concerto foi além de concerto um espectáculo

a outra num estádio de football em Portugal ao norte nunca percebi porquê…

esperei no fim do show pela Voz no hotel mas Sinatra voou directo avião private jet para Barça

aposto que o espantaria e nosso uníssono com sua voz

«Somebody up there doesn’t like me myself and I»

Sinatra morreu com qualidades e defeitos tal qual eu e vocemecê


A VOZ             

Columbia quando jovem

ser jovem cumo nós fomos é muito diferente do que foi Sinatra quando jovem

penso eu e com risco o escrevo

começou por cantar o que diga-se em abono da verdade é muito arriscado ou decisão tomada sem  pensar para não repetir risco

eu que sou cumo os outros (é por estas e por outras que não escrevo como) já estive no centro da ilha de Manhattan num restaurante bar snack com as empregadas que serviam e cantavam e eu parvo tuga nunca tinha tal ouvisto

assim começou Francisco naquela língua que falo mal mas sei que se diz Francis nunca Frances porque Frances é ela a Mãe de nossas duas filhas músicos

e afinal começou bom porque agradou melhor agradava melhor ainda agrada vai daí entrou para um grupo vocal e foi cantar para a Rádio baixinho e magrote não gosto de magrinho sua voz fez sucesso minto não foi a voz foi a maneira sua de a usar ao cantar e ganhou sua independência vocal

vivia-se a era Swing a das big bands os anos 30 e 40 do século que já passou ele italo-n-a filho de Mãe progressista pró-aborto tempos da Grande Depressão nascido em 12 do 12 de 1915 cicatriz face esquerda em Hoboken margem de Hudson o rio simpatia pelo Democrata o partido até que um dia Harry James tocador de trompete deu por ele e foi ouvê-lo e logo o convidou para cantar à frente de sua banda conheceu músicos muitos arranjadores entre eles Vincent Falcone (outro italo)  que o tentou convencer a gravar a canção ‘Lush Life’ composta por Billy Strayhorn pianista e amigo de genial Duke Ellington mas a voz de Sinatra começou a ser ouvida nas sua gravações com Harry James e tempo depois com outra orquestra a de Tommy Dorsey

com Tommy o Dorsey em trombone o irmão Jimmy tocava sax trompete clarinete a popularidade da voz de Francisco foi subindo embora lentamente longa ainda de outros tempos futuros a orquestra de Tommy Dorsey tocava para ser dançada ela e muitas outras

nas gravações Columbia sabe-se lá porquê ganhavam as baladas melodias canções em tempo lento com muito romance à mistura canções românticas longe do swing acentuação rítmica que em Sinatra se iria mostrar sensacional

aprendi com Gioia (in ‘Love Songs’ de 2015 publicado pela Oxford University Press) um rapaz da américa ao norte – o Ted  - que as antigas canções de amor mas ainda não o American Song Book sofreram censura por serem de love mas censura não a do meu tempo e assim no ano 900 entre escritos de Santo Agostinho e de São Jerónimo foi descoberto uma letra para uma canção de amor e mais tarde entre muito outro material foram achadas 7 canções de amor do D. Diniz o o Rei português avançado e progressista

Sinatra dela esteve livre embora haja uma mensagem tipo Obama na canção nele prima versão ‘you’re nobody till somebody loves you’ em que ele improvisando mete ‘change it’ em resposta a si mesmo (audição obrigatória) quando canta se é possível mudar este world... até assistirmos à vitória de Cuba sobre o continente que são os USA

Os arranjadores os que arranjam os que escrevem nas pautas o que os músicos devem tocar na Columbia destaca-se Alex Stordhal (1913-1963) filho de noruegueses destacado arranjador na discografia de Sinatra para a Columbia

A Voz chegou a Maestro e dirigiu uma orquestra das grandes com temas de Alec Wilder (1907-1980) histórico compositor da norte américa… as fotos com Frank agitado e de batuta empunhada são também elas históricas

o também famoso Alec escreveu a bíblia American Popular Song: The Great Innovators, 1900–1950 em 1972

a Columbia música tinha um descarado assumido e por muitas e uitos amado apoio de cordas violas violinos cellos que davam uma sonoridade arrastada triste fina à la câmara uma moda do tempo que corria big bands onde os instrumentos de sopro rareavam foi um estilo que o marcou a também a seu público que enchia salões usava «baby soxers» uma outra moda Sinatra o primeiro entre todos de Crosby o Bing seu Mestre por ele confessado

«Stormy Weather» de  Harold Arlen e Ted Kohler em 1933 é uma das songs que Francisco Alberto ajudou a tornar um must

Sinatra foi assim: o que cantava ficava cantado e os autores satisfeitos pois com ele mais vendiam e com ele sua song ganhava sempre um nova versão para um ouvido quadrado era e é difícil

Vernon Duke, Richard Rodgers, Cole Porter, Irving Berlin, Hoagy Carmicheal, Jimmy van Heussen e tantos outros foram autores compositores entre os melhores que A Voz usou e cantou à sua maneira

mas como nada se mantem tudo se transforma ouviríamos outros Sinatras o mesmo nos tempos esperados e passados

ser letrista é uma infelicidade não para nós porque o notável e já histórico Sérgio G consegue escrever (é um poeta e poucos há em Portugal não vos conto a de Mestra Agustina pois está a fazer-se tarde e Alegre ficaria Triste) advérbios de modo chamava-se na minha gramática  palavras terminadas em mente o que para cantar só por ou com um Grande Artista

sabemos quem foi Frederick Loewe (1901-1988) pois entre muitas outras melodias escreveu para ‘My fair Lady’ e Frederico era amigo de André o Previn ambos europeus de leste de novos refugiados na Califórnia dos nazis

Previn é um autor em várias Músicas no jazz e na escrita impossível de acreditar quem já o foi ouver reger uma Orquestra com O como a de Berlim ou improvisar acompanhado por Ray Brown em ambas perfeito

num encontro casual André ao falar com Frederick sabe por ele que este continua aflito em começar uma letra para ‘My fair Lady’ e diz: só consegui ‘i could have danced all night’…

passados dias reencontram-se e diz Frederik já consegui a segunda será ‘i could have danced all night’ igual à primeira...

mas ouçam A Voz a de FAS aquela que ganha todas comparações com outras vozes quando cantava era sem esforço esse e o de cantar bem umas vezes muito bem outras só mas sempre bem e sempre para prazer próprio

mal comparado ou bem segundo os jazzmen Sinatra improvisava servindo-se da letra das palavras do ritmo pré-combinado com o arranjador e executantes era assim Sinatra o compositor quem improvisa é compositor

Mahler quando compunha improvisava e depois fixava seus improvisos escrevendo-os em pautas passava a compositor

é por esta e talvez por outras de origem social que chamo escrita à qual erradamente chamam clássica não gosto de erudita nem de séria pois não gosto de classes as sociais…

assim Sinatra que não morreu ainda muito bem que gravava várias vezes as mesmas canções nunca de maneira igual mas sempre diferentes e porque não publicá-las…

não escrevo gravar em estúdio ou com público mas também sugiro que cantava sempre sempre diferente mesmo que educadamente à semelhança de qualquer músico jazz que ninguém nem ele próprio pode garantir ‘hoje vou tocar mal’ ou ‘bem’ ‘vou tocar’ é o que apenas deve dizer

não dê conselhos prévios sobre concertos jazz

de Sinatra diga apenas ‘Sinatra vai cantar’ lá estarei estaremos todos cante bem ou esteja calado pois nunca cantou mal embora no Porto e em New York com décadas de intervalo tivesse sido da seguinte maneira: NYC “ofensivo” com ela a Ella e Basie o Count – Porto fui-me aproximando dele a pé e o estádio é de football saí espantado

sei Sinatra de cor entre outras a canção ‘nice ‘n easy’ que serviu para indicativo na Rádio dezenas de anos civis com o programa baile ‘a menina dança?’ até a menina me ter abandonado na antena 1 sozinho com cinco minutos de jazz

entretanto e por mero acaso cantei em uníssono perfeito uma canção que Sinatra gravou e ficámos algo surpresos ele e eu por nos sabermos tão afinados em Sinatra já o fui ouver cantar Sinatra com a orquestra do Hot Clube de Portugal casa cheia uma outra exibição de Carlos do Carmo um fadista amigo felizmente apreciador de Francisco

Sinatra poderia ter sido comparado a um atleta especialista em triplo salto porque os deu os três

no primeiro Columbia quando tira os pés do chão e vai para o ar para saltar passou de praticante desconhecido um mero saltador para um atleta já com bons resultados

no segundo onde se força mais e atinge uma boa distância algumas de seus melhores concertos e gravações na Capitol

na terceira na sua Reprise estica-se estenda as pernas com os pés a atingir a chegar o mais à frente possível e ganha a todos e a cada um foi recordista Óscar com medalha

mesmo quem ainda é vivo conhece Sinatra

 

José Duarte

Lapa agosto 2015


 A VOZ

Capitol e a maturidade

Los Angeles não é uma cidade é uma superfície morada onde o avião tirou o trem para fora comigo lá dentro e só quase uma hora depois o utilizou é um sítio não um site onde as distâncias são africanas e cada habitante tem um carro e meio em média me disseram e eu acreditei fui ao jazz club «Shelly’s Manne Hole» em Vine Street já não existe passo a vida a citar músicos lugares músicas que não existem sou velho e doí-me a anca a direita a malvada da direita lá foi-me dado dado enfim não foi ouver Dexter Gordon um tenor noutra noite Miles Davis outro soprador este então agora então – grande surpresa - com Corea e Holland a ‘revolução’ melhor a confusão Miles estava a instalar-se e iria durar até sei lá quando sei que amanhã estará presente mas ali mais abaixo ou acima não há é uma cidade um aglomerado urbano plano ainda na rua ou setrite como eles dizem Vine no cruzamento com o Boulevard Hollywood está o célebre edifício redondo o Capitol Records Building pronto em 1956 quando os britânicos EMI compraram a Capitol oh História…

a Capitol é famosa pela qualidade de seus estúdios de gravação e pelos artista que lá gravaram entre eles o nosso S sim porque Sinatra morto com 82 em 98 foi o Artista que se foi embora sem saber quantas mulheres por Ele se apaixonaram… vale nada o record (aprendi com Ted Gioia no seu book «Love Songs» de 2015) de Jagger o Mike que diz se ter deitado com mais de 4.000 mulheres 4.897

Sinatra na Capitol com instrumentistas mais ‘modernos exemplo e arranjadores como Gordon Jenkins, Billy May ou o eterno Nelson Riddle ou o desconhecido não para nós trompetista Harry “Sweets” Edison em comentários de extremo bom gosto simples oportunos com swing tudo isto mais A VOZ deu um quintal de peças primas para ouvir reouvir fixar e cantar sessenta anos depois…

Sinatra sempre bem vestido dizem-me elas e com chapéu reparo eu à Sinatra atingia a altura máxima em qualidade artística musical cantada duvido embora esta opinião sobre o período Capitol de Sinatra seja unânime quase falta a minha a opinião

Claro que aprendi a falar inglês não no liceu Pedro Nunes em Lisboa aí fui expulso por Xavier Lobo reitor prof de português e que me dera vinte por ex tenso dá 20 foi o meu primeiro encontro com a contradição tinha 15 e com tal idade nem os Marx os irmãos conhecia respirar agora é o trabalho que dá não gostar de vírgulas nem de virgulos mas aprendi inglês-americano sim com Francisco Alberto Sinatra

reparem como ele correctamente diz a última sílaba de cada palavra não as come ao acaso de Berlin Irving Berlin «Cheek to Cheek» a sonolência Columbia tinha-lha passado chegava o swing discreto e um misterioso e permanente convite à dança

Sinatra foi um lover e cumo todos só houve uma que o parou

chamava-se Ava Gardner (1922-1990) e deu muito trabalho a Francisco conta nossa amigo Previn maestro André Previn pianista de jazz e da escrita que uma noite há sempre uma noite… tocava ele no bar de um hotel nos USA quando viu Ava sentada não me disse se a viu em pé mas o que é certo é que o puto Previn artista no final de seu tocar viu Ava aproximar-se devia ser lindo ela mais próxima e com intenção que leu em seu olhar o convidar para sair after show... ninguém sabe porquê André desculpou-se… mal… agradeceu o privilégio e disse que naquela noite não… não podia eu ficava contente se a história terminasse aqui mas não termina pois passados poucos anos a história acabou: depois de tocar foi a vez de André Previn convidar Ava Gardner e julgo ver a cena Ava calada demora e responde com aqueles lábios que Sinatra conheceu: sorry mas não o conheço

Ava não fez o mesmo com Sinatra fez pior e fez melhor mulheres assim é que eu gosto que digam não sim ou melhor ainda talvez Sinatra ciumento por um espanhol calculem lá forçou sua entrada cumo ator no filme ‘Até à eternidade’ ‘From here to eternity’ de Fred Zinnemann em 1953 e ganhou um Óscar para o melhor intérprete do ano é preciso acrescentar intérprete no cinema porque na Música nunca houve dúvidas

1953 ano em que a minha alienação favorita assinou contrato com Capitol – o Senhor Francis Albert Sinatra

São raros se é que existem os ouvintes que sabem ouvir e que não gostam de ouvir Sinatra quer homens até mulheres como se justificarão os escassos contras? que ele era da Mafia – por ser italo-n-americano não comento eu nasci no Bairro Alto – o relatório secreto da FBI apresenta  Sinatra como simpático com a esquerda relatório McCarthy - por ter ido a Cuba centro de diversões dos n-a longe dos tempos de Fidel & Che na ditadura de Batista que Salazar hospedou nas ilhas portuguesas no atlântico num certo fim de tarde

ninguém à vista vi passeando-se no aeroporto de Lisboa o ditador e Seixas o agente Pide que mais batia e mandava estava eu a trabalhar para a TAP sozinhos eu a guiar um pesado e potente jeep...


José Duarte

Lapa agosto 2015


A VOZ

Reprise e o swing adoptado

tudo começou em 12 dezembro 1960 A Voz a fazer 45 didade e Ray Charles a cantar pela 1ª vez fora dos USA disseram-me e eu entrando como trabalhador tráfego nos TAP na Portela em Lisboa voando para Paris para ouvê-lo aqui desisti do ISEG (ex-ISCEF) e ganhei namoros com a Liberdade fiquei melhor ficámos melhor

no estrangeiro conheci o que a ditadura proibia em Portugal vi Eisenstein vi preferi ‘Positif’ aos Cahiers vi Picasso fui freguês da livraria com Pides a fingir de clientes François Maspero comprei Lou Donaldson em ‘Lou’s Blues’ LP Blue Note e cantei-lhe em cima em 66 o indicativo de ‘Cinco’ na Renascença emissora católica em 74 estava em Genéve em reunião internacional na IATA primeira abraço de e para Solnado a regressar de Zurich onde fora para banhos...

mas percebi Sinatra à primeira embora tivesse levado tempo a aprofundar sua dicção e perfeição sua maneira de cantar estilo único o segredo era “saber respirar silêncios” abençoado seja quem 0 disse…

Reprise etiqueta que ele abriu como sua na Califórnia onde trabalhou para ela entre 1960 e 1984 e que publicou 35 CDs onde brilharam Billy May se ouviu o brilhantismo dos instrumentistas jazz da west coast e finalmente swing de Sinatra foi gravado porque ele sabido passara a fase dos corações na Columbia a de um pé cá outro lá o desafio do rock que venceu batendo Elvis Presley aceitável cantor de r&b até The Beatles encheu com cerca de 140.000 seres ou estares o Maracaña no Rio de Janeiro para o ouvir e ver mas as sua preferências finalmente foram soltas em propriedade sua a Reprise

A Voz gravou para a Reprise com as então mais importantes jazz big bands: Duke Elington  e Count Basie ambos pianistas a de Basie é uma colecção * * * * * destaco ‘My Kind of Girl’ com um humor sonoro original e um solo improvisado em flauta transversal por Frank Wess é de audição obrigatória e com arranjo e direcção de Neal Hefti

proponho ouvirmos A Voz com ouvidos de Música como o fazem cantores músicos instrumentistas de Outras Músicas todos respeitam Sinatra A Voz  a minha homenagem vai para

You're nobody 'til somebody loves you

You're nobody 'til somebody cares

You may be king, you may possess the world and it's gold

The gold won't bring you happiness when you're growing old

The world still is the same, you’ll never change it

As sure as the stars shine above

You're nobody 'til somebody loves you

Find yourself somebody to love

interessante a parte escrita nesta canção de Larry Stock e Russ Morgan e James Cavanaugh  em 1944

Sinatra não deixa a orquestra chegar a primeiro plano canta 3 vezes a melodia/letra oiçam bem criando com palavras ou ‘comidas’ o silêncios a primazia uma prima obra na sua discografia

assim partindo da ideia que a primeira é a autêntica na 2ª

S substitui you may por he may e the world por the all world e tudo fica melhor ainda e continua substituindo growing por getting e tudo aquece ainda mais e chega ao ponto de orgasmo quando já com a garra que nem um surdo não ouve

repete uma palavra que é nobody e reforça a força com a repetição do verso ‘find yourself somebody to love’ e o grito chega e o fim fatal aproxima-se com outra intervenção da band dirigida por Billy May e para A Voz substitui may por might e chama big e fat ao world até que acontecem os segundos musicais – políticos destas 100 canções: basta A Voz repetir change it

uma plateia de ouvintes numa sala média de uma livraria/galeria no Porto aplaudiu de pé A Voz ao lhes ter explicado mostrado o que se aqui se passa

gosto

tirou o chapéu e foi-se…

José Duarte

Lapa agosto 2015

 
  Escritos e entrevistas  
 
   
Festivais  
 
   
Universidade de Aveiro
© 2006 UA | Desenvolvido por CEMED
 VEJA TAMBÉM... 
 José Duarte - Dados Biográficos