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Jorge Filipe
04-06-2012 00:00
 

José Duarte - estudou som e acústica e composição - com que idade?

Jorge Filipe - Tinha sensivelmente dezanove anos.

JD - e o jazz como e quando apareceu na sua vida? e na sua vida de músico?

JF - Penso que surgiu gradualmente. Desde novo que fui exposto a uma variedade de estilos musicais. O Jazz surgiu principalmente quando iniciei o estudo do saxofone, em 2004. Penso também que, de uma forma embrionária, foi o início da minha vida de músico.

JD - estudou saxofone (jazz?)? porquê? com quem?

JF - Quando tinha cerca de 18 anos conheci um álbum de um músico e compositor chamado Moondog (Louis Hardin de nascença) entitulado "H'Art Songs". Fiquei muito impressionado com o álbum e começei a coleccionar discos do autor. Um destes discos chama-se "Sax Pax for a Sax" onde toca o ensemble  London Saxophonic. Ouvi incessantemente o álbum e estava dislumbrado com duas coisas: as composições, e o som dos saxofones. Tardou pouco tempo até eu decidir que queria aprender o instrumento. Neste momento não sabia que me ia levar a caminho do Jazz e da improvização. O meu primeiro professor foi o João Pedro Brandão. O meu mentor de momento é o João Mortágua.

JD - considera-se um músico profissional?

JF - Considero-me de momento um músico com muito trabalho mas com pouco emprego.

JD - com quem trabalha?

JF - quando tenho concertos é com elementos que pertencem ao meu combo da Escola de Jazz do Porto.

JF - na Escola Jazz do Porto que faz?

JF - Tenho formação musical, combo e instrumento.

JD - como vê a oferta de trabalho a um músico jazz no Porto?

JF - como sou verde no meio não tenho muita experiência no circuito cultural dos musicos. Mas penso que há espaço para crescer. ~Gostava de ver mais associações como a Porta Jazz a surgir no Porto.

JD - conhece a vida discografia e importância de Roland Kirk no jazz?

JF -Tenho apenas um álbum dele - "The Jazz Corps". Não me apela muito. Pelo menos de momento.

JD - quem são os músicos portugueses jazz que lhe merecem maior admiração?

JF  - Gostei muito de ver o Luís Figueiredo Trio. Vi-os na Casa da Musica e na Festa de Jazz do São Luís. O Bruno Pedroso é fantástico na bateria. O João Mortágua, para além da minha grande  admiração tem todo o meu respeito.

JD - e estrangeiros?

JF - James Carter e Phil Woods.

JD - jazz é Música norte-americana ou europeia ou planetária? comente

JF - O termo Jazz surgiu nos Estados Unidos. Hoje estamos num ponto de evolução nesta Arte que o único fio condutor entre todos os estilos de Jazz é o elemento de impprovização. Contudo, a improvisação tem uma história que precede o Jazz. Este contudo, representa para mim e, penso que para muitos, o apogeu do improviso. A improvisação para mim representa o espírito ou, quiçá, uma mescla de inconsciente e consciente. Diria que o termo planetário descreve bem o Jazz. Eu chamo-lhe música de existência.

JD - prós e contras da Improvisação no tocar jazz

JF - Não vejo contras na improvisação. E gosto de estudar por isso não tenho problemas com disciplina. Como pro  na improvização no Jazz vejo liberdade. É, para mim, a mais libertadora forma de expressão artística.

JD - tocar blues pede uma atitude diferente?

JF - É possível. Mas, se calhar, dentro do Blues, cada composição pede uma atitude particular, não? Penso que é bom adaptármo-nos aos contornos de cada composição, bem como cada progressão harmónica. Portanto, sim.

JD - onde tem tocado e com quem?

JF - De momento estou sem agenda. Estou a preparar-me para sair de Portugal em Junho.

JD - quantos saxofones tem? quanto lhe custou?

JF - Um alto. Cerca de 2600€.

JD - acha que todo o artista músico jazz é um compositor?

JF - Se é músico de Jazz é pelo menos um compositor em tempo real.

JD - sua opinião sobre convite a quem faz música comercial para trabalhar com os compositores jazz

JF - Se se refere a música básica feita com o mero objectivo de criar um produto rentável, penso que não é um bom sinal se acontece. Mas somos todos supostamente livres de seguir o caminho que queremos. Não condeno quem o faz mas, pessoalmente, penso que a Arte é o mais importante. Se esta não for minimamente tida em consideração, não me interessaria.

JD -como se atualiza na informação jazz? via imprensa escrita ou falada ou via tv ou via rádio?

JF - Pela internet e assistindo a concertos.

JD - frequenta concertos jazz?

JF - Sempre que posso.

JD - obrigado Jorge Filipe

 

 


 
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