mr. Simples versus José Duarte (VII) outubro 2017 «There are some people that if they don’t know, you can’t tell them» Louis Daniel Armstrong (1901-1971) | A Maratona dos Festivais de Verão Cision 2017 chegou ao fim com o NOS Alive como grande vencedor. O evento que anualmente se realiza no Passeio Marítimo de Algés sucede ao Rock in Rio graças, sobretudo, ao elevado número de notícias que gerou: mais de seis mil referências entre setembro de 2016 e agosto de 2017. O festival que este ano trouxe a Portugal nomes como Foo Fighters ou Depeche Mode atingiu ainda uma exposição superior a 29 horas nas rádios e televisões nacionais. No segundo lugar deste ranking Cision está o Super Bock Super Rock, que foi mencionado em 3.710 notícias. Sem grandes diferenças entre eles, surgem, no terceiro e quarto postos, o Vodafone Paredes de Coura e o Meo Sudoeste, respetivamente. Ambos registaram mais de 29 horas nas televisões e rádios, mas o festival nortenho foi mencionado em mais artigos (2.819) do que o alentejano (2.516). O NOS Primavera Sound acaba a maratona em quinto lugar, tendo aparecido em 2.675 notícias e uma exposição superior a 10 horas na rádio e na televisão. O ranking fica completo, por ordem decrescente, com o Meo Marés Vivas, o Festival Vilar de Mouros, O Sol da Caparica, o EDP Cool Jazz, o Sumol Summer Fest, o Festival Bons Sons e o RFM SOMNII. Os festivais monitorizados pela Cision somaram 24.371 notícias e mais de 190 horas de emissão nas rádios e televisões entre setembro de 2016 e agosto de 20 A Maratona dos Festivais de Verão - Ranking Cision é um estudo realizado de forma continuada pela Cision, que analisa a evolução do mediatismo comparado de diversos festivais de música realizados em Portugal, ao longo dos meses, até ao final do Verão. O desempenho mediático conquistado por cada festival é calculado tendo em conta a metodologia Cision de avaliação de comunicação, que considera o número de notícias identificadas, o espaço ou tempo de antena ocupado e as oportunidades de visualização, tendo em conta as audiências alcançadas e o valor do espaço editorial contabilizado em função das tabelas de publicidade de cada órgão de comunicação social. O objeto de análise deste estudo são todas as notícias referentes aos diferentes festivais, veiculadas no espaço editorial português, em mais de 2.000 meios de comunicação social (televisão, rádio, online e imprensa). Neste caso, o ranking reflete o resultado global do período de 1 de setembro de 2016 a 31 de agosto de 2017, com os diferentes festivais a serem ordenados pela posição alcançada. | mr. Simples – mas o que é isto sr. Duarte... José Duarte – é a verdade aquilo que está a ler… agora imagine uma ação nos milhares das pessoas que gostam de jazz… mr. Simples – estão tristes… JD – estar trite é tão mau cumo ter paciência… eu estou revoltado e convencido que o mal é rei e que estou a perder tempo em andar a divulgar jazz desde 58… pró ano serão 60 anos mr. Simples – não gosta de Música popular para a juventude? JD – deixe-a envelhecer… não posso é com alienação com a vista no capital… estes ajuntamentos fazem-se por várias razões: 1 – para descansar os jovens é o que dá andar aos pulos de braços no ar 2 – disciplina… todos fazerem o mesmo em mangas de camisa 3 – cantarem um refrão primitivo de ‘homem das cavernas’… 4 – todos em pé 5 – mais de 2 horas neste ‘lindo’ propósito 6 – álcool 7 – droga e todos para casa contentes de terem feito aquela figura… mr. Simples – e se sr. Duarte mandasse... JD – ia consultar todos e somar suas opiniões cumo os democratas fazem… a opinião que recolhesse mais votos ganharia… e viva o campeão nacional que seria este tipo de xows mr. Simples – então ficaríamos na mesma com a vitória daqueles que nunca ouviram Música JD – aí entrava a força… 2 podem ter mais razão do que 6 mas se tivessem armas e força passar-se-ia a ser educado e ouver Música boa… mr. Simples - fábrica nada... JD - filme intencionalmente polémico... julgo... afinal uma boa oportunidade desprezada... mr. Simples – e qual é a diferença entre Música má e boa sr. Duarte? JD – a que eu gosto é boa mr. Simples – e a outra?... JD – não a ouço… só a conheço mr. Simples – e para si quem é o melhor pianista jazz deste país ardido? JD – Esteves da Silva embora seja pouco bluesy… em Portugal porque lá fora é quase um desconhecido… passa-se com ele e com todos os músicos jazz portugueses… exceto João uma voz popular na zona de Frankfurt soube quando era novo… e em Portugal de lés a lés mr. Simples – estou a perceber… falta-lhes estrangeiro… JD – existe também o contrário isto é ser mal conhecido aqui e ser apreciado por um especialista em jazz nos USA… é Ferreira o Nuno «gravava no ‘Village Vanguard’» disse-me o n-a… mr. Simples – e que mais falta aos jazzmen desta terra queimada? JD – muuuuito sindicato – clubes – escolas jazz - palcos – público mas do que sabe o que está a ouver – palcos médios – cultura e cultura musical – sentido certo daquilo que vale como Artista jazz – formação política… não usar mais valia cumo mais valor… mr. Simples – cumo o sr. Duarte sabe desta vida… JD – já não pertenço a este mundo a esta Sociedade quer saber porquê mr. Simples? mr. Simples – que é… JD – não perceber porque a burguesia portuguesa se ri… só se sou eu que só vejo patetas alegres... qualquer câmara tv de qualquer estação quando os enquadra os faz rir e muito e sempre e não sorriem… no futebol na reportagem na música há mesmo atrizes e atores que ganham melhor são explorados e se riem mas todos os que se riem riem-se de quê porra? joseduarte@ua.pt outubro 2017 |