Vargas Frente Verso & excertos

 foram três os concertos em Lisboa no teatro São Luiz na cidade Lisboa fui ouver um o primeiro há quem lhe chame Vargas outros Pinho Vargas outros António Pinho Vargas APV é um sexagenário e é pianista e é improvisador todo o compositor é um improvisador APV improvisa em jazz e improvisou até ter composto suas melodias que ficaram escritas na música escrita claro destaco ‘Tom Waits’ melodia que merecia ser pop ular não a chamo clássica erudita séria – termos errados e da classe dominante - chamo-lhe Música escrita                 mas a minha filha não chamo Música  pois ela é músico… chamava-se Xavier Lobo foi prof meu num liceu em Lisboa o Pedro Nunes prof meu de Português e classificou-me com 20 e mais por mim fez chamou meu Pai e pediu-lhe para não me matricular no ano seguinte maneira aparentemente delicada de me expulsar fui para o Passos Manuel onde meus colegas eram filhos de remediados baixei de classe ainda hoje me dou com eles há bisavós entre eles

o que sei de Música aprendi com músicos que são os melhores mestres falo muito com eles e com ele APV que a certa me contou com graça uma desgraça: «tenho várias peças compostas mas nem tocadas em público pois os organizadores só gostam de peças em estreia ou enfim segundas audições daí minha Música não ser popular» o concerto foi no dia 13 de março não consta no programa mas garanto que foi este nos que está a passar o 2015 DC é um hábito nacional cartazes para todos os concertos mas quase todos sem ano em que se realizou sala cheia público de meia idade duas grandes orquestras com um intervalo as orquestras eram e são diferentes uma para Música de (?) jazz outra para Música orquestral () ambas com muitos músicos a tocarem o mesmo instrumento violinos saxofones etc. todos afinados uns com os outros a tocarem o mesmo som mas porquê? para quê? e a poupança... um ou dois não chegariam?... graça - eu acho - que aprendi ao voar e ler um texto num avião da Finnair a TAP não vendida da Finlândia em inglês falo e leio mas ao falar falo-o com boa pronúncia (o bom ouvido pois distingo Oscar Peterson de Errol Garner) mas com velocidade lenta e já confundi wife com widow em Paris num clube jazz ao falar com Phil Woods e sua ex que foi casada com Charlie Parker Phil corrigiu e sorriu para o jovem vindo de um país Portugal que já não era independente… somos hoje velhos amigos velhos o saxista alto e eu o divulgador afinado

conheci Diogo Alexandre numa sala do teatro (?) S. Luiz em Lisboa na 13ª festa do jazz um sucesso a festa e a presença de jazzmen portugueses dos quais Diogo me estupidificou com 16 anos toca bateria como nenhum outro neste país à volta de Vilamoura outro país este rico e só no estrangeiro raramente me foi dado ouver semelhante drumming espantoso e teve tempo e espaço em 16 anos para conhecer bateristas ouvi-los aprendê-los e praticar balanço swing se quiserem… inacreditável o ano passado Faulkner um n-n-a no Standard clube jazz em Manhattan comoveu-me ao tocar pratos e tambores… um novo Elvin Jones

‘Cinco Minutos de Jazz’ em 2016 perfaz 50 anos em 1966 foram para o ar a primeira vez na Renascença e só foi interrompido pelo PREC de 75 só houve um PREC… pois os emissores da rádio foram dinamitados mais tarde continuou na Comercial e desde 1993 soa na antena 1 da RTP de segunda a sexta e na net estão armazenados mil 1.ooo CMJ                                                                                                                                                                           tentei espiar e só consegui promessas… estamos a meses do dia de aniversário assim percebo e neste base de rumor aqui vai: Steve Potts sax n-n-a virá (?) a Portugal tocar soprano e alto e tocará em Lisboa em Coimbra e em o Porto e ao Hot clube jazz em Lisboa 3 noites de quinta a sábado de 24 a 27 fevereiro de 2016 notícias promessas boas que o antigo CMJ bem merece não calculam quantos pessoas me responderam «não sou desse tempo não tinha sequer nascido em 1996» já o extra trompetista jovem Ambroise no fim de seu concerto no festival me disse: «não acredito... não pode ser... diários»

no Estoril Jazz de este do 15º sentado assisti com duas canadianas duas a dois espectáculos jazz seguidos sábado 16 deste maio e no fim de tarde seguinte o de 17 – em 15 foi o melhor da minha vida longa longa vida como o iogurte só músicos jazz tugas foram 5 um quinteto destacaram-se muuuuito os blowers Tocano alto e Duque trompete dois menos menores que jovens Toscano de Woody Shaw para a frente à vontade a inventar solar improvisar Duque estilo jazz mais clássico mas incomparável aqui neste pedaço de terra à volta da rica Vilamoura o pianista também bem com bom fraseado cbaixo não ouvi porque se não ouvia baterista longe da Candeias ou Diogo Alexandre o melhor bateria jazz português desde Afonso Henriques e com 16 apenas de idade cívica INACREDITÁVEL como arranjou ele tempo para se instruindo ouvindo os melhores os negros n-americanos? em minha modesta opinião Diogo anda muito perto de Elvin Jones ou Justin Faulkner

clarinete ora aí está um instrumento jazz desde os anos do século XX e quem toca clarinete ou tocou em jazz porquê? para quê saber? é meu este bicho que a Cultura me passou mas vamos a ir por partes

quem: Woody Allen / Joey Baron / Bob Berg / Jane Ira Bloom / Uri Caine / Bill Charlap / Aviad Cohen / Al Cohn / Eddie Daniels / Paul Desmond / Helen Forrest / Stan Getz / Benny Goodman / Burton Greene / David Grismann / Steven Grossman / Chuck Israels / Al Jolson / Barney Kessell / Lou Levy / Myra Melford / Mezz Mezzrow / Bem Pollock / Joshua Redman / Emily Remler / Artie Shaw / Dinah Shore / Charlie Spivak / Sophie Tucker todos judeus

«E pronto, final.»

por Mia Couto em “Jesusalém” dava para eu escrever outro texto... sim sim Jesus além 

E ponto final.

joseduarte@ua.pt