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Seixal Jazz 2016
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Inicio: 21-10-2016 Fim: 29-10-2016




           

Introdução

Está de volta mais uma edição do Seixal Jazz. Este ano a iniciativa decorre de 21 a 29 de outubro, no Auditório Municipal do Seixal e promete concertos únicos com diferentes estilos do mundo jazzístico.

O Seixal Jazz 2016 apresenta-se com seis concertos, todos a começar às 22 horas. Como habitualmente, no final de cada espetáculo haverá oportunidade de contactar com os músicos, numa sessão de autógrafos a decorrer no foyer do auditório.

 

Neste local haverá ainda uma área reservada à venda de discos dos participantes desta 17.ª edição, que abre as portas no dia 21 de outubro com a atuação do quinteto do argentino Dino Saluzzi, uma estreia em Portugal Continental. Um músico muito particular do jazz e da música improvisada mundial que tem a particularidade de tocar bandoneón, um instrumento musical semelhante a uma concertina, utilizado principalmente na região do Rio de la Plata, Uruguai e Argentina onde é o mais importante instrumento das orquestras de tango.

 

No dia seguinte, 22 de outubro, o palco será da saxofonista Mette Henriette, com o seu trio. As suas formações combinam músicas de jazz e música clássica. A jovem norueguesa foi considerada a grande revelação de 2015 e as suas composições e interpretações colocam-na nas áreas da música improvisada próximas da música de câmara ou do abstracionismo.

 

A 26 de outubro, o jazz será em português, com o quinteto do trompetista Gonçalo Marques, um músico em merecida e reconhecida ascensão, professor da escola de Jazz do Hot Club de Portugal. Nesse mesmo dia, o músico e o seu quinteto darão às 15 horas um concerto comentado, inserido no projeto pedagógico O SeixalJazz Vai à Escola, dirigido a alunos e professores das escolas básicas do concelho.

Continuando ao som do jazz, a 27 de outubro apresenta-se em palco o quarteto de Hugo Carvalhais, Projecto Grand Valis. Este último trabalho de Hugo Carvalhais para a editora portuguesa Clean Feed foi o único registo português nomeado pela revista Down Beat para os melhores registos de 2015. É difícil de classificar a música de Carvalhais pela diversidade de estilos que apresenta, misturando a eletrónica com a música de câmara e a improvisação minimalista.

 

Ricardo Toscano, saxofonista do concelho do Seixal, é a aposta de dia 28 de outubro, apresentando-se com o seu quarteto. Com vários prémios ganhos, foi considerado o melhor músico nacional em 2015, com apenas 22 anos. Nesse mesmo ano esgotou duas datas na Culturgest e já em 2016 lotou o Centro Cultural de Belém. Nascido em Amora, o artista iniciou a sua aprendizagem como musico na banda da Sociedade Filarmónica Operária Amorense, onde aos 8 anos já tocava clarinete.

 

A finalizar esta edição do Seixal Jazz, ouvir-se-ão no auditório os sons dos saxofones do norte-americano Colin Stetson. A sua música é difícil de classificar atravessando os domínios da livre improvisação e da chamada musica indie. Colaborou com imensas figuras das áreas mais variadas da música nas suas gravações, Tom Waits, Arcade Fine, Laurie Anderson, etc. O seu estilo muito peculiar nos saxofones alto e baixo cria atmosferas únicas. Sobe ao palco do SeixalJazz sozinho e para obter o efeito orquestral, o intérprete  utiliza diferentes microfones em palco, conseguindo assim registar os diferentes sons da sua arte.

A programação e produção do Seixal Jazz 2016 é da responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal.

 

 

Programa

DINO SALUZZI GROUP
Dia 21 de Outubro, 22 horas
Dino Saluzzi – Bandoneon, voz, flauta
José Maria Saluzzi – Guitarra, guitarra requinto
Félix “Cuchara” Saluzzi – Saxofone tenor, clarinete
Matias Saluzzi – Contrabaixo
Ut Gandhi – Bateria, percussões

 

METTE HENRIETTE TRIO
Dia 22 de Outubro, 22 horas

Mette Henriette – Saxophone Tenor
Johan Lindvall – Piano
Katrine Schiott – Violoncelo

 

GONÇALO MARQUES QUINTETO
Dia 26 de Outubro, 22 horas
Gonçalo Marques – Trompete
João Guimarães –Saxofone Alto
José Pedro Coelho – Saxofone Tenor
Demian Cabaud – Contrabaixo
Marcus Cavaleiro – Bateria

 

HUGO CARVALHAIS GRAND VALIS
Dia 27 de Outubro, 22 horas
Hugo Carvalhais – Contrabaixo
Dominique Pifarély – Violino
Gabriel Pinto – Teclados: órgão
Mário Costa – Percussão/ eletrónica.

 

RICARDO TOSCANO QUARTETO
Dia 28 de Outubro, 22 horas
Ricardo Toscano – Saxofone
João Pedro Coelho – Piano
Romeu Tristão – Contrabaixo
João Pereira - bateria

COLIN STETSON
Dia 29 de outubro, 22 horas
Colin Stetson - Saxofone

 

 

Os artistas

 

Dino Saluzzi Group

Dia 21 de outubro, 22 horas
Dino Saluzzi – Bandoneon (*), voz e flauta
José Maria Saluzzi – Guitarra e guitarra requinto
Félix “Cuchara” Saluzzi – Saxofone tenor e clarinete
Matias Saluzzi – Contrabaixo
Ut Gandhi – Bateria e percussões

 

A primeira noite do 17.º Festival Internacional Seixal Jazz apresenta múltiplos motivos de interesse. O concerto de abertura corresponde à estreia em Portugal Continental do argentino Dino Saluzzi, grande figura da música de fusão, onde se encontram as harmonias e ritmos do jazz com as da música tradicional e do tango com a música erudita.

Uma sonoridade de nostalgia mestiça é evidente em todas as interpretações do músico, executante de bandoneon, instrumento semelhante a uma concertina, típico da Região do Rio de la Plata, no Uruguai e Argentina, e peça principal das orquestras de tango. Na arte de Salluzi, o instrumento tem a força de um fio condutor, através do qual  se desenha uma música de caráter orquestral, onde pontuam a mais moderna improvisação e a ambiência sonora que também define as grandes composições do mestre argentino Astor Piazzola.

Nascido no ano de 1935 em Campo Santo, província de Salta, na Argentina, Saluzzi integrou a orquestra da rádio nacional e desenvolveu as primeiras ligações com Gato Barbieri logo na década de 50 do séc. XX. Após um percurso de afirmação como músico, na década de 80, Dino Saluzzi inicia uma ligação com a editora ECM que tem dado frutos até à atualidade.

O mais recente trabalho do autor com esta chancela data de 2014, intitula-se “El Valle de la Infancia” e foi gravado com a mesma formação que estará presente no Seixal, da qual também fazem parte o irmão e o filho do próprio compositor. Uma viagem ao tempo e à terra da infância, acentuada pelas ligações do sangue, da memória e da identidade.

 

METTE HENRIETTE TRIO

Dia 22 de outubro, 22 horas
Mette Henriette – Saxophone Tenor
Johan Lindvall – Piano
Katrine Schiott – Violoncelo

 

A atuação de Mette Henriette  no Seixal Jazz dá a conhecer ao público português uma das mais promissoras revelações do jazz internacional no ano de 2015. A jovem norueguesa lançou o seu primeiro trabalho através da editora ECM no último ano e cedo se percebeu estar-se perante uma interprete inovadora onde surgem aliados os registos sonoros jazzístico e clássico.

O duplo álbum foi gravado com uma formação de trio, formato com que a saxofonista nórdica se apresenta no Auditório Municipal do Seixal. Se no álbum, Henriette utilizou ainda um ensemble de 13 elementos, no festival de jazz do Seixal o desafio de levar esta música ao palco em formato de trio constitui um factor de curiosidade extra para esta atuação.

Considerada a intérprete revelação de 2015, Henriette não faz uma música influenciada pelos clássicos improvisadores do jazz americano ou pelas tendências vanguardistas do Norte da Europa, apresentando antes paisagens sonoras, com ambientes de algum modo noturnos ou minimais, lembrando a tensão rítmica mais demorada em que se prolonga a arte dos grandes compositores de bandas sonoras.

Neste sentido, as suas composições e interpretações despem-se de grandes artefactos, apresentando uma música improvisada, próxima da música de câmara ou abstrata, que convida a contemplar sem urgência uma viagem com lugar na geografia íntima de quem ouve.

 

 

GONÇALO MARQUES QUINTETO

Dia 26 de outubro, 22 horas
Gonçalo Marques – Trompete
João Guimarães –Saxofone Alto
José Pedro Coelho – Saxofone Tenor
Demian Cabaud – Contrabaixo
Marcus Cavaleiro – Bateria

 

O novo álbum de Gonçalo Marques é uma boa surpresa neste ano de 2016, ainda que mais não faça que confirmar a qualidade daquele que é uma referência da cena jazz nacional. Ao segundo registo discográfico, o trompetista apresenta sete temas originais, num total de nove composições que integram o trabalho.

Professor no Hot Clube de Portugal, Marques alia a vertente rara de pedagogo, função que executa há quatro anos na iniciativa O Jazz Vai à Escola, mas também nos concertos comentados no Centro Cultural de Belém entre outras iniciativas, à de criador, não desistindo de interpretar e compor a sua própria música.

Depois de Da Vida e Da Morte dos Animais, editado pela Tone of a Pitch, em 2010, Gonçalo Marques gravou este segundo registo com Demian Cabaud e José Pedro Coelho, entre outros, dois músicos com que vai pisar o palco do Festival de Jazz do Seixal.

Gonçalo Marques é um músico com um sopro claro e nítido, imaginativo e abrangente. As suas composições são marcadas por uma consistência estética onde cabe a lassidão dos ritmos compassados, mas também a vertigem frenética e desenfreada das batidas rápidas.

A confirmação de um músico e instrumentista fundamental na atual cena jazz portuguesa, palavras com que o jornal Público recebeu o mais recente álbum de Gonçalo Marques, tem uma prova de fogo no programa da 17.ª edição do Festival Internacional Seixal Jazz.

 

 

HUGO CARVALHAIS GRAND VALIS

Dia 27 de outubro, 22 horas
Hugo Carvalhais – Contrabaixo
Dominique Pifarély – Violino
Gabriel Pinto – Teclados: órgão
Mário Costa – Percussão/ eletrónica

 

Após os dois primeiros registos discográficos, Nebulosa (2010) e Partícula (2012), o terceiro trabalho de Hugo Carvalhais foi o único registo português nomeado pela revista Down Beat entre os melhores álbuns de 2015.

Grand Valis, uma edição da portuguesa Clean Feed, revela uma música difícil de classificar, obra de um compositor de grande invenção e originalidade que é simultaneamente um contrabaixista de excelência.

Neste terceiro disco, Carvalhais explora novos caminhos e conta com Gabriel Pinto e Dominique Pifarély, entre outros, dois dos músicos com que se apresenta no Seixal. O novo itinerário, simultaneamente futurista pela exploração eletrónica, mas também clássico pela utilização de uma sonoridade frequentemente acústica, explora moderadamente o som de cada instrumento, assim como o seu conjunto, para definir ambiências paisagísticas musicalmente inexploradas.

Inspirado pela trilogia Valis, obra de ficção científica de Philip K. Dick, Hugo Carvalhais delineia uma música viva, com uma respiração própria, marcada pela indefinição e ambiguidade da cartografia sonora em que se espraia. Por não se definir claramente, esta música é sólida e etérea, intemporal e contemporânea, onírica e desperta, assente tanto em quem a faz, como em quem a ouve, questionando de igual modo passado e futuro. Uma música que coloca o Homem no centro da arte e a arte na definição do seu tempo.

 


RICARDO TOSCANO QUARTETO

Dia 28 de outubro, 22 horas
Ricardo Toscano – Saxofone
João Pedro Coelho – Piano
Romeu Tristão – Contrabaixo
João Pereira – Bateria

 

Filho de um saxofonista, Ricardo Toscano cresceu a jogar à bola e a ouvir jazz. O jovem músico começou na banda da Sociedade Filarmónica Operária Amorense, onde aos 8 anos tocava clarinete, prosseguindo a instrução musical na escola profissional Metropolitana e na Escola de Jazz Luis Villas Boas onde aos 16 anos se iniciou no Saxofone.

Considerado o melhor músico nacional em 2015, com apenas 22 anos, nesse ano esgotou duas datas na Culturgest e já em 2016 lotou o Centro Cultural de Belém. A celebração de um percurso que não se fez meramente de aprendizagem escolar, mas sobretudo de paixão pelo jazz, quando ainda pequeno o pai o familiarizou com discos de Cannonball Adderley em dueto com Bill Evans, Miles Davis ou John Coltrane.

Desde cedo Ricardo Toscano tomou consciência de que o seu futuro apontava para o jazz e para o fraseado ditado pelo saxofone. Começou a gravar o seu nome no panorama musical, ganhando visibilidade ao ladear Mário Laginha no ressuscitado Sexteto de Jazz de Lisboa, e tendo no currículo espetáculos no Estoril Jazz e no Angra Jazz, atuações com o Sexteto de Lisboa, o Decateto de Nelson Cascais, o Mingus Project ou nas formações de Júlio Resende.

Ainda muito jovem, Toscano revisita a tradição hard bop, bebendo em Coltrane, Parker ou Ornette Coleman, período histórico do jazz que considera o mais estimulante.  No Seixal, surge acompanhado por músicos igualmente jovens, João Pedro Coelho, Romeu Tristão e João Pereira. Apaixonados pelo mesmo registo musical, equilibrado entre o reportório melodioso e a livre improvisação, o quarteto tem estabelecido a sua linguagem jazz e planeia gravar o seu primeiro registo discográfico.

 

 

 

COLIN STETSON

Colin Stetson: Saxofones
Dia 29 de outubro, sábado – 22 horas

 

Natural de Ann Arbor, no Michigan, Colin Stetson explora os domínios da livre improvisação e da música indie, com uma diversidade de caminhos que passam pelo dark metal, pós-rock e eletroacústica.

Explicar que gravou com Tom Waits, Arcade Fire, TV On The Radio, Laurie Anderson, The Chemical Brothers, Animal Collective, LCD Soundsystem, Bon Iver e The National, entre outros, é tão relevante como afirmar que, no Festival de Jazz do Seixal, Colin Stetson sobe ao palco sozinho. Discreto músico de estúdio, o saxofonista enche o palco a solo e é sempre a mesma e única pessoa. 

Em ambos os casos, o talento é esconder o intérprete e sobressair a interpretação. O segredo do seu estilo peculiar, a utilização de técnicas extensivas e explorações polifónicas de saxofones alto e baixo, apostando na criação de atmosferas únicas, assentes tanto na composição como na improvisação intuitiva. Para obter o efeito orquestral, conseguido por um só músico e o instrumento em que toca, o intérprete utiliza diferentes microfones em palco, conseguindo registar os diferentes sons da sua arte, que se perderiam com uma única fonte de amplificação.

Com mais de 20 anos de espetáculos a solo e somando vários volumes da série de discos New History Warfare, para além da coautoria com Sarah Neufeld da banda sonora do filme Blue Caprice, Stetson recusa-se a definir a música que compõe e interpreta, vincada por uma vertente exploratória e jazzística, que renova e reinventa o formato rígido e tradicional com que se reconhece uma canção.

 

 

 

Susete Filipe
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