Desde 2012 que todos os fins-de-semana de Verão têm um encanto especial no Centro Histórico de Coimbra, nas Escadas Quebra Costas, com uma mostra do melhor Jazz que se vai fazendo por Portugal. O QuebraJazz na sua quarta edição, tal como nos anos anteriores consiste em 20 concertos, realizados às sextas e sábados, decorrendo desde o princípio de julho até ao primeiro fim de semana de setembro, em período sazonal particularmente favorável, tanto em termos turísticos como climatéricos, tendo em conta que é em pleno Centro Histórico de Coimbra e ao ar livre, o que permite uma divulgação internacional extremamente importante do trabalho dos músicos portugueses. Concertos intimistas, com grande proximidade com o público, onde se pode ver e ouvir alguns dos melhores músicos portugueses, conceituados no universo jazzístico europeu e mundial, como são os casos de Bernardo Moreira, André Sousa Machado, Jeffery Davis, João Paulo Esteves da Silva, Carlos Barretto ou Mário Laginha. As escadas Quebra Costas é um local unanimemente considerado de excelência para todo o tipo de eventos, sendo considerado como um espaço único e original em ambiente urbano, com uma acústica fora do normal, possibilitando que os concertos sejam praticamente acústicos. As escadas transformam-se em bancadas em dias de espetáculo, permitindo um grande número de lugares sentados sem nenhum tipo de estrutura adicional. De destacar a gratuitidade dos espetáculos, o que possibilita o acesso público à atividade artística de grandes nomes do jazz português. Para além da conjugação de todos estes fatores, há um grande prazer e carinho, que todos os músicos presentes demonstram por este projeto, acrescentando os inúmeros elogios do público presente nas 60 sessões já realizadas, que demonstra que este evento tem todas as condições para se afirmar como uma referência na cidade de Coimbra. Em 2014 há que destacar o fantástico concerto do Trio Mário Laginha (http://youtu.be/OnIOrezTfao), momento alto da última edição, certamente com a maior enchente de sempre nas Escadas Quebra Costas, havendo uma moldura humana preenchendo literalmente o local desde o início até ao topo. Excelentes concertos, escadas sempre cheias de público, fantásticos ambientes, razões fortes para que se possa dizer que a iniciativa é um sucesso em todos os aspetos, fatores que consolidam a sua crescente notoriedade ao nível do meio jazzístico nacional, e a sua afirmação no calendário de eventos culturais e sociais de Coimbra, sendo prova disso a presença de José Duarte, crítico e figura carismática que faz parte da história do Jazz Português, como também artigos importantes no Jornal Público e na revista Visão, para além de inúmeras referências e entrevistas em jornais e rádios regionais e nacionais. 3 e 4 Julho - 5teto de Pedro Moreira “Canções e Outras Memórias” Pedro Moreira – saxofone tenor, composição João Moreira – trompete Bruno Santos – contrabaixo Sérgio Rodrigues – piano Paulo Bandeira - bateria “Canções e Outras Memórias” é um projeto original baseado em composições que foram criadas para textos de diversos autores que se apresentam aqui na versão instrumental. Cada tema invoca um universo distinto, sugerindo imagens e recordações próprias. O repertório é complementado por peças de carácter como prelúdios e canções sem palavras que convocam a imaginação e subjetividade de cada um. 10 e 11 Julho – Fongaro Santos Renfrow Trio André Santos – guitarra Alessandro Fongaro – contrabaixo Tristan Renfrow – bateria O grupo apresenta-se livres de conceitos e preconceitos, enaltecendo sempre a interação entre os três elementos. Esta formação executa temas que variam entre os standards de jazz e alguns originais. Trio impulsionado por vivências e afinidades musicais. Os temas originais dos três elementos, aliados à liberdade intrínseca à formação, servem de suporte a uma música que pretendem contemplativa, mutável e energética. 17 e 18 Julho – Trio Mário Laginha Mário Laginha – piano Bernardo Moreira – contrabaixo Alexandre Frazão – bateria Três músicos de exceção que partilham uma grande cumplicidade e para quem tocar é experimentar, arriscar e, mais do que tudo, um momento de pura felicidade. 24 e 25 Julho – Davis Fernandes Cascais Miralta Quarteto Jeffery Davis – vibrafone André Fernandes – guitarra Nelson Cascais – contrabaixo Marc Miralta – bateria Quarteto formado especialmente para os concertos do Quebra. Reúne alguns dos músicos mais relevantes do panorama europeu, para interpretar música dos mesmos, num concerto cheio de interação, explorações tímbricas, rítmicas e harmónicas. 31 Julho e 1 Agosto – Trio NOA Nuno Costa – guitarra Óscar Graça – piano André Sousa Machado – bateria NOA é um projeto de música improvisada fundamentada em ambientes sonoros contemporâneos, com influências nos estilos drum ‘n bass, soul, lounge be-bop e jumpin’swing. Composto por Nuno Costa (guitarras e efeitos), Óscar da Graça (teclados) e André Sousa Machado (bateria), este grupo tem uma personalidade musical bem vincada na forma como aborda e rearranja temas tão distintos como canções do cancioneiro norte-americano (standards) ou canções do panorama pop-rock português. Os originais aparecem assim com naturalidade perfazendo mais de 50 por cento do repertório atual do trio. Com uma sonoridade elegante e melodias bem delineadas este projeto procura estabelecer uma estética de fusão entre a contemporaneidade da música cosmopolita e a tradição da música improvisada com origem no jazz. 7 e 8 Agosto – CBS Trio Pedro Calero – hammond Paulo Bandeira – bateria Bruno Santos – guitarra A formação surge em 2015 com a união destes três músicos, criando um projeto onde a exclusividade e o som do Órgão Hammond marca a personalidade do trio, dando lugar a sonoridades e matrizes muito diferentes de um trio de jazz com baixo ou contrabaixo. O repertorio é uma combinação de composições próprias e standards de jazz clássicos com sabor a blues, próprio deste tipo de instrumentação. A improvisação é o pilar fundamental da sua música, a interação deriva da cumplicidade entre os componentes. 14 e 15 Agosto – Kiko & The Jazz Refugees Kiko – voz Hugo Raro – piano Mané Fernandes – guitarra Carl Minnemann – baixo elétrico Acácio Salero - bateria Considerado como “o melhor cantor de jazz português” pelo crítico José Duarte, Kiko começou o seu percurso por bandas como Trupe Vocal e Raul Marques e os Amigos da Salsa, mas acabaria por assumir plenamente a sua devoção ao jazz e aos blues. A sua música hoje navega em direção ao futuro, mas também em contacto com a tradição, com a ideia de levar o som para um campo cada vez mais atual, sempre com uma ligação àquilo que foi a grande época de ouro do jazz vocal a época das ‘big bands’, 1930, 1940. 21 e 22 Agosto – BounceLab Mané Fernandes – guitarra Gonçalo Moreira – piano João Mortágua – saxofone Filipe Louro – contrabaixo Pedro Almiro – bateria Um projeto que apresenta, com a sua formação, um trabalho que denuncia influências musicais vastas, desde o hip-hop ao funk, passando pela música eletrónica, em simbiose profunda com a linguagem do jazz. O resultado é desconcertante, novo e indicador de uma promissora carreira. 28 e 29 Agosto – Ararur António Silva – guitarra Angêla Santos – voz João Capinha – saxofone João Custódio – contrabaixo João Rijo - bateria A música que criam junta melodias com as quais as pessoas se conseguem identificar, letras em português, ambientes e sonoridades da World Music e uma liberdade para cada um se exprimir no seu instrumento que nos remete para o Jazz e para a Música Improvisada. Em Junho de 2014 o CD "Ararur" é considerado Melhor Album de Jazz Vocal nos "13th Independent Music Awards" tendo a música "Ela" também sido também nomeada para Melhor Canção Jazz Vocal. 4 Setembro - Big Band ESTARREJAZZ Extensão da marca do festival que lhe dá nome, a Big Band Estarrejazz surge como passo seguinte da vertente formativa do Estarrejazz – Festival de Jazz de Estarreja. Composta por jovens músicos do concelho de Estarreja e arredores, teve a sua estreia ao vivo em novembro de 2013 e, desde então, tem contracenado com grandes figuras do jazz nacional: Marta Hugon, Maria João, Mário Laginha. Pedro Moreira é o diretor artístico e pedagógico desta orquestra que representa a nova geração a devolver ao jazz todo o seu sabor, viajando pelos intemporais standards de George Gershwin ou Duke Ellington, mas também Stan Kenton, Count Basie e Sammy Nestico. 5 Setembro - Jam Session Quebra Jazz João Fragoso Pedro Moreira Paulo Bandeira & convidados Festa de encerramento em que a improvisação vai ser o mote da noite. Os standards vão ter alma própria e certamente que será um concerto inesquecível. Presenças garantidas de João Fragoso, Pedro Moreira e Paulo Bandeira, e ao longo da noite contará com mais convidados para abrilhantar mais um final do QuebraJazz. |