Quanto eu tinha 16 anos de idade, na minha cidade natal chamada Rio Claro, interior do estado de São Paulo no Brasil, estudava bateria com um músico negro que era mestre de bateria da Escola de Samba Grasifis Voz do Morro e tocava bateria em grupo de samba e gafieira pelos bares da região, o seu nome é Mestre Malvino.

Ia todas as semanas em sua casa não só para ter aulas mas também a ouvir e discutir coisas sobre assuntos variados.

Ele pôs me há conhecer Milton Banana, Art Blakey, Willie Jones, Buddy Rich, Tony Williams, Elvin Jones, Wilson das Neves entre outros e dentro destes outros estava Max Roach.

Logo tive a minha preferência e afinidades de linguagem e foi com o Buddy Rich e Max Roach que mais me inspirava e identificava. Ouvíamos o celebre LP Rich Versus Roach/Buudy Rich and Max Roach: Mercury Records Collection: SR-60133.

Considerava-os como o equilibro da vida das tais filosofias como Yng-Yang ou ainda Sol, Lua; Agua, Fogo; Terra, Ar; etc. não conseguia falar de um sem mencionar o outro e tinha a impressão que ambos tinham que andar sempre "juntos".

Rich e Roach são dois ícones da história do jazz, fizeram escolas e tiveram divergências de estilos como nesta gravação citada evidencia. Claro que estas divergências só vieram para contribuir ainda mais para a história do jazz. Para quem já teve a oportunidade de ouvir este disco, sabe o que eu quero dizer com isso.

Os estilos são logo reconhecidos. O Rich como uma metralhadora a atacar o Roach, e o Roach apenas a se defender com as suas frases ultra-musicais e melódicas.

Bom, vamos deixar de falar de ambos e vamos direccionar apenas ao Max.

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